quarta-feira, 27 de outubro de 2010

FIBROMIALGIA


A Fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor generalizada sem causa aparente. O paciente se queixa de fortes dores musculares e/ou esqueléticas, mas normalmente apresenta todos os exames normais, pois não há inflamação articular nem miopatia (doença muscular).
A síndrome, que está presente em aproximadamente 2,5% dos brasileiros, ainda tem origem indefinida e seu diagnóstico é eminentemente clínico, com detecção de alguns pontos dolorosos clássicos (tender point ou ponto gatilho). O paciente também apresenta sintomas associados, como o sono não reparador, enxaqueca, depressão, fadiga, ansiedade, síndrome do intestino irritável e/ou discinesia do detrussor (necessidade de urinar várias vezes por dia).
O primeiro passo é o conhecimento, deixar o paciente a par das características e princípios básicos da doença. O tratamento, de acordo com a Revista Temas de Reumatologia Clínica de abril de 2010, também consiste em melhorar o “sono não reparador”, muitas vezes com o uso de amitriptilina ou ciclobenzaprina; uso de analgésicos para administrar a dor; tratar as condições associadas; e fazer atividade física regular.
Segundo o dr. Robert Bennett, especialista no assunto, “o paciente com fibromialgia não pode se dar ao luxo de não se exercitar”. O recomendado é pelo menos 30 minutos diários de atividade aeróbica, associados a exercícios de alongamento. É preciso haver paciência e disciplina, o começo deve ser lento e muitas vezes com o suporte de analgésicos.
Um estudo apresentado este mês no Congresso Brasileiro de Reumatologia destacou que o treino de flexibilidade pode reduzir sintomas e melhorar a vida de pessoas com fibromialgia. Foram avaliadas 54 mulheres com fibromialgia. As que foram submetidas a um programa de alongamento apresentaram diferenças significativas em relação ao limiar da dor, flexibilidade, fadiga, sono, rigidez articular, função física, vitalidade, saúde mental, dor e componente físico na avaliação de qualidade de vida.

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